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GENEBRA, 27 de fevereiro de 2024 -O Dia daZeroDiscriminação foi instituído pela ONUSIDA há dez anos para promover a igualdade e a justiça para todos, independentemente do género, idade, sexualidade, etnia ou estado de VIH. No entanto, o progresso está em perigo.

Os ataques aos direitos das mulheres e raparigas, das pessoas LGBTQ+ e de outras comunidades marginalizadas estão a aumentar. E quando as leis, as políticas, as práticas ou as normas consagram a punição, a discriminação ou o estigma das pessoas pelo facto de serem mulheres, ou LGBTQ+, ou migrantes, ou trabalhadores do sexo, ou consumidores de drogas, os resultados conduzem ao fracasso da saúde pública, uma vez que estas comunidades são afastadas dos serviços sociais e de saúde vitais.

"Os ataques aos direitos são uma ameaça à liberdade e à democracia e são prejudiciais para a saúde. O estigma e a discriminação obstruem a prevenção, a despistagem, o tratamento e os cuidados no domínio do VIH e atrasam os progressos no sentido de acabar com a SIDA até 2030", afirmou Winnie Byanyima, Directora Executiva da ONUSIDA. "Só protegendo os direitos de todos é que podemos proteger a saúde de todos"

Têm-se registado progressos. No início da pandemia de SIDA, há 40 anos, dois terços dos países do mundo criminalizavam as pessoas LGBTQ+. Hoje, dois terços dos países não o fazem.

38 países em todo o mundo comprometeram-se a acabar com o estigma e a discriminação relacionados com o VIH e, atualmente, há mais 50 milhões de raparigas na escola do que em 2015.

Para continuar este progresso, a ONUSIDA apela ao apoio aos movimentos de mulheres e aos movimentos pelos direitos das pessoas LGBTQ+, pela justiça racial, pela justiça económica, pela justiça climática e pela paz. À medida que as comunidades de todo o mundo defendem os seus direitos, as Nações Unidas estão não só do seu lado, mas também ao seu lado.

Neste Dia da Zero Discriminação (1 de março), e ao longo de todo o mês de março, eventos e actividades recordarão ao mundo esta lição vital e este apelo à ação: ao proteger a saúde de todos, podemos proteger os direitos de todos.

"Através da defesa dos direitos de todos, conseguiremos alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e garantir um mundo mais seguro, mais justo, mais gentil e mais feliz - para todos", acrescentou a Sra. Byanyima.

Autor(es)
ONUSIDA
Palavras-chave
direitos humanos, estigma, discriminação, populações-chave, AGYW, raparigas adolescentes, mulheres jovens